quarta-feira, 24 de março de 2010

Panta rei os pantamós


A multiplicidade do real. Todas as coisas mudam sem cessar, e o que temos diante de nós agora é diferente do que foi há pouco e do que será depois.

Ser múltiplo, oposições internas. O que mantém o fluxo do movimento não é o simples aparecer de novos seres, mas a luta dos contrários, pois "a guerra é pai de todos, rei de todos." E é da luta que nasce a harmonia, como síntese dos contrários.

Panta rei. Tudo flui. Tudo se move, exceto o próprio movimento. A alternâmcia entre os contrários: coisas quentes esfriam, coisas frias esquentam; coisas úmidas secam, coisas secas umedecem. A realidade acontece.

Deus é a harmonia dos contrários, a unidade dos opostos. A natureza humana não possui conhecimento, a natureza divina sim. Só existe uma sabedoria: reconhecer a inteligência que governa todas as coisas através de todas as coisas.

Só a mudança e o movimento são reais, as identidades são ilusórias. A doença faz da saúde algo agradável e bom. os opostos coincidem da mesma forma que o princípio e o fim em um círculo; ou a descida e a subida em um caminho, pois o mesmo caminho é de descida e de subida. O quente é o mesmo que o frio, pois o frio é o quente quando muda.

Flama mea. Tudo nasce do fogo e a ele retorna. O universo é uma fênix, fluindo para baixo e para cima. Acendendo-se em medidas e apagando-se em medidas.

Não há ser estático, e o dinamismo pode bem ser representado pela metáfora do fogo, fforma visível da instabilidade, símbolo da eterna agitação do devir, "o fogo eterno e vivo, que hora se acende e hora se apaga".

"Ninguém se banha no mesmo rio duas vezes. Pois nem o rio será o mesmo, nem você será o mesmo."

Heráclito de Éfeso

Um comentário:

  1. Parabéns pelo seu blog!
    Visite o meu: http://www.papodeinformatica.blogspot.com

    Fico no aguardo...

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