quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Saudades das pessoas de verdade!

Pelos passos sobre as pontes que os separam
Pelos toques dos dedos que não tocam, que teclam
Das pontas, dos sapatos, dos partos, das partidas pelas portas
E até pelos reais que não foram realizados

Tenho saudades
Dos que vi e conheci
[que não conhecia
Dos que conhecia e não vi
[lembrança tardia
E de tudo o mais que se nomeia
e não se abrevia

Saudades
Das pessoas de verdade
Da liberdade
Dos abraços demorados
Apertados
Apartados

E me faz falta a vida
Que vai além da alheia
Que vai além da sua
E é nossa

A vida de vozes não mecanicas
De beijos sem atalhos
De brincadeiras sem planos
Da vida

A vida cheia de cores
Sabores, cheiros, suor
Com mais flores
Meus pudores
Menos pudores

São saudades da verdade
Da verdade que há
Da que há de haver
Da que vai haver
Até da que nunca haverá
Pois a verdade é vera, ainda que não dita

Enquanto aqui, minha vida lenta é rápida
Tempo que não cabe dentro de si próprio
Velocidade máxima pra quem não sai do lugar
Viajar sem sair de casa, como beber sem sentir gosto
Pra mim não basta
Pra mim... já deu!




Ps: Olhem minha cara de danaadiiinha na foto xD [Tio kiko, o filho e eu]

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