quarta-feira, 27 de maio de 2009

Eletronic Sound

Uma crônica sobre como a felicidade pode ser trazida por acordes eletrônicos de músicas compostas não por compositores, mas por computadores. Não, isso não é uma coisa pessoal, pois a alegria que toma conta de uma pessoa que se deixa levar por esse estilo musical certamente contagia quem está à volta. É uma das amostras mais explícitas e concretas sobre a felicidade. Basta a música estourando nas caixas e pronto, pode-se fazer simplesmente o que quiser, já que a sensação é a de que o mundo é todo seu e basta um mísero esforço para satisfazer os seus anseios. Uma versão ultra-moderna e contemporânea do que os budistas classificam como o “nirvana”. É claro que existem outras maneiras de ser feliz, mas a música pulsante, eletrônica, e, acima de tudo, alegre, age como uma espécie de entorpecente, uma eficiente condutora de endorfina para todo o corpo humano que simplesmente não consegue ficar parado. Esta é a música que mais pode trazer felicidade instantânea, não deixando de lado, é claro, aquelas que trazem lembranças especiais, assim como as melodias que conseguem distribuir as notas de uma maneira emocionante, fazendo pulsar mais forte o coração de quem tem o prazer de ouvi-las. Não é a toa que as músicas de acordes eletrônicos são praticamente uma unanimidade nas academias, locais aonde se vai para obter a sensação de bem estar (e onde se costuma liberar a tal da endorfina à qual me referi logo acima). Na verdade, essa é a trilha sonora das pessoas que estão em busca da “men sana” e do “corpore sano” que tanto são desejados por absolutamente todos, conscientemente ou não. Muitas vezes funciona como terapia, para se esquecer as tristezas e as agonias, mesmo que seja pelo tempo único e exato em que as notas tecnologicamente harmonizadas atingem os tímpanos de quem as ouve. Um ótimo e eficiente estimulante, não só para os exaustos, mas para os descrentes, os deprimidos, e para os pessimistas. O poder dos computadores sobre a música também é capaz de realçar ainda mais o encanto que canções já tradicionalmente consagradas exercem. Não seria exagero dizer que, se por algum acaso, um dia Deus descesse sobre a Terra, melhor do que um canto gregoriano (sem querer tirar de forma alguma o mérito desse tipo de música) ou o oratório Messias, de Haendel (belíssima obra da música erudita), seriam incomparáveis, épicos e grandiosos acordes eletrônicos. Nada mais apropriado para uma suposta aparição de Vossa Onipotência nos dias contemporâneos. É o que de mais grandioso e poderoso (assim como Ele) está sendo feito no que diz respeito à música.

P.S.: é preciso dizer ao som de que tipo de música foi escrito este texto?

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