segunda-feira, 18 de maio de 2009

Unfaithful


Hoje eu vim com um post consideravelmente grande, mas peço aos interessados que leiam, é um bom assunto e se vc tiver a sensibilidade certa, experiência ou a mente aberta, vc saberá compreender. O assunto é infidelidade, em inglês, traduzindo ao pé da letra, seria algo como "falta de fé". Trouxe um texto legal, extenso, mas muito bom, leiam-o sem tomar partido, procure observar os dois lados. Achei tbm um ponto de vista interessantíssimo em um blog, espero que faça pensar aos que leem.

"João é um cara super legal. Extrovertido, cheio de amigos e, principalmente,
amigas. Sua vida é simples e boêmia, pois nunca perde a oportunidade de
tomar aquela cervejinha com os companheiros. Alvirrubro doente, não passa um
jogo a que ele não assista. Vai pro campo de camisa, bandeira, pinta a cara
e veste peruca. Fica dias de mau-humor quando o time perde e comemora como
um louco as vitórias.
João é assim, um cidadão do bem. Não fala mal dos outros, mas se antipatiza
com alguém, não faz a menor questão de disfarçar. Sem ser grosso, claro. A
mulherada adora João. Também, quem não gosta de um cara assim? Cheio das
amigas, sempre as cumprimenta com um abração. Algumas ele fica, outras já
ficou e tantas outras ainda pretende ficar, mas sem estresse. Apesar de
lindo, João não faz o tipo galinha. Tanto que, por trás desta vida cheia de
farra, ele sente a maior falta de uma namorada. Mas tem que ser assim,
alguém tão gente boa e sem frescura quanto ele, do contrário, ele cai fora.
Do outro lado da cidade está Maria. Ela bebe cerveja, assiste ao futebol nos
bares da cidade e ainda berra palavrões se a defesa do seu time deixa passar
uma bola. Inteligente, bonita, independente... Maria é o que podemos chamar
de mulher moderna. Seu telefone não pára de tocar com convites pra sair,
viajar, bater um papinho regado à cerveja. Maria tem um gosto eclético para
uma mulher. Além de futebol, curte filmes violentos e de ficção, como
também, shows de rock. Ela conta piadas sacanas e detalha sua vida sexual
pras amigas, que bolam de rir e retribuem, cada uma com suas respectivas
aventuras. Não faz pose de santinha e nem fica chocada quando ouve aquelas
conversas tipicamente masculinas. Amigos homens ela tem aos montes, apesar
de ser uma gata supervaidosa, seu jeito maloqueiral-chic deixa todos à
vontade para, só amizade mesmo. Claro que alguns ela já pegou, outros ela
pega e outros ela ainda vai pegar. É, porque Maria é quem pega, e não o
contrário.
Apesar de adorar essa vida, ela sente falta de um cafuné, de aprofundar uma
relação, de pensar num futuro. Mas, como todos os mortais, tem lá seus
traumas e receios.
De repente, num mágico dia de sol, João e Maria se esbarram, se agarram,
ficam de rolo, transam, começam a namorar, casam, fazem filhos e vivem
felizes para sempre! Ah como seria bom se a vida fosse assim: romântica e
perfeita.
Mas, infelizmente, não é. O que parecia ser a relação ideal se transforma
num verdadeiro inferno. João se escandaliza com a quantidade de álcool que a
namorada bebe sem ficar alterada, não admite que ela fale nomes feios, e
chama as amigas dela de rapariga.
Por outro lado, Maria não suporta a maneira íntima como ele trata as
próprias amiguinhas. Quando algumas delas aparecem, Maria faz cara feia e
diz que todas são putas e querem agarrá-lo. Aí você deve estar pensando: mas
pelo menos eles estão vendo os jogos do Campeonato Brasileiro juntos. Que
nada!!!
Ela não se interessa mais por futebol.Gostava mesmo era de ir aos bares ver
os caras nervosos, berrando e exalando testosterona. E o que é pior, não
quer ir e ainda implica quando o namorado diz que vai com os amigos. Pro
coitado comparecer ao campo, então, é um inferno. A cerveja depois do jogo,
e em qualquer outro horário, virou lenda. É então o que o cara começa a
ceder pra evitar confusão, pois nessa altura do campeonato ela já o proibiu
de sair com a rapaziada, e justifica dizendo que são todos um bando de
cachaceiros e mulherengos.
O sexo e a esperança de que a relação volte a ser como era no início são as
únicas coisas que seguram este casal. Ela coloca a culpa nele e ele, nela,
mas o que ninguém percebe é que ambos destruíram a relação. Mas como a coisa
chegou a este ponto sem que ninguém percebesse? Eles ficam se perguntando...A resposta pode ser mais simples do que se imagina, basta que cada um
responda com total sinceridade às perguntas abaixo:
1- Por que a pessoa muda de personalidade quando começa a namorar, se o que
atraiu o outro foi justamente quem você era no início?
2- Por que você obriga o outro a mudar de personalidade se foi essa a pessoa
por quem você se apaixonou?
3- Por que, as características que você acha tão legal nos seus amigos, são
os maiores defeitos do seu parceiro?
4- Por que o cotidiano do casal tem que mudar completamente ao começar uma
relação, ao invés de permanecer o mesmo e o novo namorado apenas ser,
especialmente, inserido na sua rotina, sem criar grandes abalos?
5- Por que acreditar que todas as mulheres do mundo querem pegar seu
namorado, como se ele tivesse se tornado a mais nova celebridade no dia em
que vocês oficializaram a relação?
6- Por que infernizar a vida do outro querendo saber o que fez e com quem,
antes de você existir, se você também tem um passado tão "negro e sórdido"?
7- E, o mais importante, por que todo esse inferno e mudanças de atitude e
personalidade mútua começam exatamente quando se define a relação como
NAMORO?
Enquanto se fica, ninguém cobra, ninguém tem ciúme, ninguém diz como você
deve ser e agir. É impressionante como existem pessoas que passam meses
ficando, com toda regularidade, se falam quase todos os dias, sabem tudo da
vida um do outro e até preservam uma certa fidelidade, mas não definem a
relação porque temem o que pode se tornar, caso essa perigosa palavra seja
pronunciada. O sentimento de posse, de propriedade toma a pessoa de uma
forma descontrolada e a fantasia da relação maravilhosa do início faz com
que os parceiros cedam. Cedem porque não agüentam a pressão, para evitar
briga ou até mesmo, por medo de perder. Mas, no fundo, guardam a esperança
de que tudo vai voltar a ser como era antes. Mas não volta. Tudo vai ficando
cada vez pior. E esta mesma ilusão faz com que nenhum dos dois tome a
decisão de terminar. É mais fácil fingir ser quem o nosso parceiro quer que
sejamos.
Ser uma pessoa na frente do namorado e outra quando se está na companhia dos
amigos. Mas fingir ser quem não é, irrita, incomoda, dá crise de
identidade...
É então que começa a nascer uma raiva, um abuso da outra pessoa e até de si
mesmo. Seus olhos passam a enxergar novos horizontes e, de repente, trair
não parece ser tão errado, nem difícil, afinal, quem garante que o outro já
não está fazendo? E com essa desculpa a pessoa sai chifrando sem sentir
culpa.
...Anos e anos depois, dois seres apaixonados e apaixonantes não mais se
reconhecem e um certo dia, a bomba explode. Solteiros novamente passam a ter
aversão a namoro ou qualquer tipo de relacionamento que lembre aquela
coleira usurpadora de liberdade e personalidade. Relações casuais, sem
cobranças e satisfações tornam-se ideais, mas o preço que se paga pela
superficialidade é um pouco caro: não se vive grandes e loucas paixões, não
há entrega, nem sonho, nem sexo com amor. Há apenas aventuras sexuais. Tudo
isso, porque não conseguimos respeitar e amar o outro do jeito que ele é....
Dedico este texto a todos os Joãos e toda as Marias que já destruíram suas
relações de tanto cobrar, impor, castrar e também ceder. Que se anularam e
perderam seus eixos até não saberem mais quem são e como se tornaram assim.
Mas, dedico principalmente, àqueles que estão inseridos neste processo hoje
e ainda podem salvar suas relações.

Scheila Azevedo - Jornalista"



Lendo esse texto eu penso, pq o namoro se tornou tão banal, dificil... por que não pode mais ser gostoso? E que liberdade deturpada eh essa?
Mas vamos ao post feito no blog Matar o Tempo (http://matarotempo.blogspot.com/).

Depois de ler vários absurdos na internet, escutar (as vezes calado e perplexo) a propagação indiscriminada de teorias mirabolantes que visam justificar a infidelidade como comportamento aceitável e até mesmo saudável e importante em relacionamentos adultos, resolvi tecer algumas considerações pessoais sobre o tema. Mais estranho é como eu ainda consigo me estarrecer perante os absurdos cada vez mais constantes que tomam conta da nossa sociedade atualmente. Me entristece ainda saber como o capitalismo conseguiu mercantilizar o sexo e o amor a ponto de equipará-los a coisas extremamente banais como uma roupa ou um carro, ou outro objeto de consumo rápido e pronto. Nada mais atraente ao consumidor que a pseudo-liberdade de se relacionar com quantas pessoas lhe despertem o desejo, podendo assim se afirmar como um consumidor de alto nível, de várias posses. O homem que trai se sente capaz, dotado do poder de consumir quantas mulheres sejam necessárias a lhe alçar a condição de super-homem frente ao seu ciclo de amigos consumistas também. A mulher, iludida pela ideia de igualdade de direitos, acredita se afirmar com a mesma prática. Se sente mais desejada e mais liberada quando se atira a relacionamentos extra-conjugais. E traem-se uns aos outros, na reprodução indefinida do nada, da abstinência sentimental em troca do consumo efêmero, hedonista, imediato de outro nada, do sexo casual. Seria fácil definir a infidelidade como falha de caráter, pois o é! Mas vale fazer uma análise um pouco mais profunda, mesmo que ainda não muito. Evidentemente fidelidade e amor são coisas distintas, pois o vínculo de exclusividade não condiciona ao vínculo afetivo e vice-versa. De onde eu vejo, a questão passa pela total perda de respeito pelo outro, pelo individualismo exacerbado, pela concorrência selvagem, pela busca incessante de ser melhor que o outro, de encontrar a felicidade somente na competição. É a sociedade de valores novos, ou da ausência de valores, aonde a única regra é lucrar a qualquer custo, é ter vantagem sempre, é vencer... Não defendo de forma alguma a monogamia por ela mesma, afinal, nada se explica por si mesmo. O que defendo é a honestidade com quem se gosta, de respeitar a própria decisão de ser exclusivo. Ninguém se obriga a isso, é mero ato de vontade. Por isso, infidelidade não é ato de desamor, de forma alguma. É ato de desrespeito, de total desprezo pelo outro, de insegurança e impotência, daqueles que jamais se realizarão como pessoas porque jamais saberão o que é compartilhar, se doar, pelo simples fato de gostar, de respeitar, de admirar alguém. O melhor de tudo isso que a decisão pela fidelidade (que não deveria sequer ser uma decisão) é unilateral. Não depende do outro, é ato puramente pessoal de caráter. Não se é fiel esperando fidelidade, mas porque se julga certo, porque é traço de personalidade. É algo que não existe dentro da esfera vazia em que existe a nossa civilização. Só faz sentido para os que sabem que o mundo é um pouco mais que o consumo.

Essa eh uma opinião bem diferente, aos infieis pode até parecer extremista, mas eu naum achei. Não eh algo que eu escreveria, não dessa maneira, mas eh algo que vi como certo.
A infidelidade, para mim, depende mto da lealdade. Se vc é leal com o parceiro não tem medo de contar, de ser você em tempo integral; A deslealdade eh que eh cruel, vc engana pra conquistar, engana pra continuar saindo com a pessoa, engana-se pensando que gosta de alguem que não eh oq demonstra, engana-se sendo quem não é e passa por um relacionamento cheio de problemas, enganando a todos, dizendo que vive bem.
Eu não sei firmar palavras do que penso sobre isso. Eu tenho ciumes, acho que isso eh parte natural de um gostar, mas eu não imponho minhas vontades e procuro entender ao maximo a situação antes de dizer algo. Quanto a mudar a pessoa, até hoje não cheguei a esse ponto. Ainda estou na fase em que nenhum defeito eh grade o bastante, mas eu tenho a consciencia de q virão tempos difíceis, quero viver isso até por experiencia... até mesmo pra poder escrever melhor sobre o assunto. Mas em meu auto-conhecimento me acho tranquila, e eu exerço o auto-conhecimento sempre. Hoje sou fiel por escolha, mas não me sinto obrigada a manter essa fidelidade, e se eu sentir atração (todo humano pode sentir atração) talvez aconteça alguma coisa, talvez não, mas qualquer q seja minha opção, ele vai ficar sabendo...
Me chamam de 'moderninha', me consideram bem mente aberta até, mas eu soh tenho os olhos abertos para a verdadeira realidade, e não para o habitual, oq todos se acostumaram, a rotina de gerações. Me entrego ao sentimento, tenho respeito pelo outro e naum tenho a menor dúvida ou receio em dizer isso, meus atos serão ditos pelas minhas vivências, mas virão completamente naturais e instintivos.

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