quarta-feira, 10 de junho de 2009

Trevas


Eu ia até escrever sobre algo legal, bonito e interessante, mas os ultimos acontecimentos nos passados 15 minutos dessa madrugada modorrenta de quinta, a um dia do famigerado dia dos namorados, me fizeram mudar de assunto, humor e me preencheram com um vazio e uma solidão absurda.

Peço que não levem em consideração oq eu escrever aqui... é tudo uma bruta diarréia literal feita em meu momento mais emo, que logo logo vai passar, eu soh preciso jogar toda essa merda pra fora e num tem nada melhor pra fazer isso que um diário... mesmo q virtual... e mesmo q naum seja um diário.

Eu estou experimentando uma sensação de morte. Calma, num tem nada de suicida no meu texto. Apenas sinto que parte de mim tá indo embora, cedendo lugar ao desconhecido que por tantas vezes me encheu de medo.

Coisas poucas vem tomamdo proporções absurdas e me deixando mal, me corroendo. Por vezes viro uma 'ema' perfeita e choro, tenho ódio do mundo, deixo os cabelos pavorosos me cairem por todos os lados e me mordo com força, já que é pra sentir dor, que seja ao menos uma dor real.

Tenho hoje vontade de ser uma puta qualquer de qualquer esquina de boca vermelha e olhos sem brilho, escondida no escuro de uma boate de quinta nos subúrbios da cidade, tão sujo quanto eu... escolhendo a proxima vitima com frieza enquanto balança os pés num salto alto e fino... como uma adaga pra ser enterrada no coração de mais um desleal. Nas mãos uma bebida forte e um cigarro aceso, nada na mente e bondade nenhuma no coração... apenas o blues.

Assim eu seria inatingível. Sentimentos machucam, esperanças magoam e expectativas... essas eu quero que vão pro quinto dos mais profundos infernos! Hoje sou lodo, musgo úmido e quente de canos por onde passam a sujeira alheia, resquícios das felicidades, das incertezas. Hoje sou inferior a tudo, inatingível.

De certo o sexo, sem amor, sem compromisso... pelo prazer de ter prazer. Quem sabe absinth, cigarrets, quem sabe as drogas, as armas, os tiros... quem sabe enfrentar o inferno e saber como combatê-lo, esquivando-se como uma gata vadia de rua que sabe todas as manhãs de uma vida ruim. O inferno real não me daria demônios na mente que me sussurram dentro dos ouvidos tudo o que não sou, toda minha fraqueza no 'não ser'.

Abusar dos liquidos, das linguas. Abusar da falsidade, fingir paixão, olhar de mil maneiras pra mil homens e não ter nenhum dono. Cada dia uma vida, cada dia um ciclo, cada dia um nome. Ser o mais quente no frio, o mel, o vinho, o sangue, o fim quente numa noite fria.

Me venderia fácil por diamantes difíceis. Tudo passaria na fumaça do próximo cigarro, mas os diamantes ficariam... eles são eternos. Um senso de humor curto, necessário, uma capacidade incrível de conquista, a sensação de saciedade em tirar vantagens. A vida real, dia a dia, sem expectativas, sem futuro... sem decepções. Apenas a vida... dura e fria... como desde sempre deveria ser.

Meus? Só os pêsames.

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